Manutenção corretiva em shoppings, como funciona?
Os Shopping Centers são espaços de grande e recorrente circulação de pessoas, onde há intervenções de setores diversos, mesmo fora do horário comercial. Logo, pode-se imaginar o desafio que representa manter a edificação de um shopping agradável, confortável e funcionando conforme o esperado.
Estudos realizados em diversos países demonstram que os custos anuais envolvidos na manutenção das edificações em uso variam entre 1% e 2% do seu custo inicial. Este valor pode parecer pequeno, porém acumulado ao longo da vida útil das edificações chega a ser equivalente ou até superior ao seu custo de construção. Essa argumentação é encontrada na NBR 5674, de 1999, gerada pela ABNT (Agência Brasileira de Normas Técnicas) e utilizada como base para toda a nossa produção de conteúdo sobre manutenção predial, ao lado da NBR 5462, de 1994. Logo, levando-a em consideração, não dá nem para se imaginar quanto a administração de um shopping remove do orçamento só para se dedicar aos reparos. E como falamos, ainda que um shopping center invista nas outras duas manutenções de prevenção (manutenção preditiva e manutenção preventiva), a estrutura ainda está suscetível às falhas e quedas no desempenho de equipamentos. Na verdade, em espaços tão visitados como o shopping, é quase impossível encontrar um equipamento que não sofra bastante com a ação humana, seja de qual tipo for. Por essa razão, a manutenção corretiva pode ser frequente nesses espaços.
E por um shopping funcionar como um grande centro comercial, de segunda a domingo, é fundamental que as correções sejam realizadas em tempo hábil, evitando problemas de segurança, prejuízos maiores por estagnação de equipamentos, e mesmo a entrega de serviços com má qualidade para o consumidor que utiliza do espaço. Para que as correções sejam feitas com eficiência, é preciso entender sobre os tipos de falhas e soluções que podem ser entregues pela manutenção corretiva.
Se ficou interessado, continue acompanhando o post, pois falaremos mais sobre a manutenção corretiva e suas soluções!
O que é Manutenção Corretiva?
Para a NBR 5462, o item 2.8.8 descreve a manutenção como aquela “efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em condições de executar uma função requerida”, ou seja, é uma ação como foco em reparos, de pequeno a grande porte. O seu objetivo é reparar alguma disfuncionalidade no equipamento ou estrutura, para que ele volte a cumprir normalmente o seu papel, dentro de determinado lugar.
A manutenção corretiva pode ser emergencial ou programada, no primeiro caso, a falha já aconteceu, e no segundo, percebe-se um desempenho mais lento e pode-se programar o reparo; mas ela é sempre a manutenção que mais se deve evitar.
Claro, tudo depende bastante da estratégia de manutenção utilizada para manter os ativos, mas no geral, chegar à necessidade de correção significa, quase sempre, ter falhado nos outros dois tipos e em suas respectivas estratégias. Quando bem feita, ela pode ter um efeito bem parecido ao da manutenção preventiva. No planejamento corretivo, podemos nos deparar com serviços como:
- Consertos nas instalações, como reparações hidráulicas;
- Impermeabilização do piso, após infiltrações;
- Troca de peças em equipamentos diversos;
- Reparos na estrutura predial, como rachaduras ;
Quais tipos de falhas exigem reparos?
Você sabia que a manutenção corretiva pode ocorrer de duas formas? Pois é, o processo de correção não é uma coisa só. Os tipos são divididos em falha potencial e falha funcional.
A falha potencial é aquela que está em estágio inicial, denuncia algum erro ou queda no desempenho, porém, a máquina não perde o seu funcionamento em 100%. Por exemplo, quando uma escada rolante começa a apresentar engasgos, ou demonstra lentidão, é um sinal de que algo de errado há com o equipamento. Nesse caso, existem vários fatores que podem influenciar ambos os problemas, como a sujeira, a falta de lubrificação, dentre outros. Assim, o importante é descobrir o foco do problema e agir com urgência, para evitar a interrupção da atividade do equipamento por mais tempo.
Já a falha funcional acontece quando o equipamento já não desempenha a função para o qual foi designado. Acontece bastante com elevadores e escadas rolantes. Se as falhas fossem identificadas no estágio inicial, como no exemplo anterior, o problema não teria acontecido. Por isso as inspeções se fazem tão necessárias.
O serviço de Manutenção Corretiva em Shoppings
Os exemplos dados no tópico acima são situações típicas do cotidiano de um shopping. Ainda assim, para que se possa entender melhor como se diferem as falhas que exigem manutenção corretiva, dividimos as soluções de reparos em dois grupos, novamente, assim como fizemos para explicar as manutenções no geral.
Manutenção corretiva planejada
Contempla as falhas potenciais, permitindo a programação dos serviços de reparo. Ou seja, apesar da necessidade, o fator urgência é conciliado com a conveniência, e o reparo pode ser programado para um momento em que o funcionamento do shopping não esteja acontecendo. Isso ocorre, claro, com uma gestão organizada e que tem equipamentos o suficiente para cobrir o que será reparado, ou que não possui um equipamento cuja saúde esteja tão afetada, podendo segurar o dia de trabalho até o momento da reparação.
Manutenção corretiva não planejada
Como o próprio nome sugere, aqui, os danos são mais graves e a urgência se faz maior para o reparo ou conserto, em função de uma falha funcional que comprometa a segurança, o funcionamento e o desempenho da atividade-fim do espaço. Ela é o exato oposto da manutenção corretiva planejada. A manutenção corretiva não planejada evidencia a necessidade de inspeções e acompanhamento da saúde dos equipamentos, que nesse caso, foram negligenciados, até que se chegasse no ponto de um reparo de urgência; e essa situação é mais comum do que parece. É a opção mais cara, perigosa e demorada para um shopping, logo, é a que mais se deve evitar.